Tuesday, October 01, 2013

Saudades...


A saudade faz a gente revisitar situações, sentimentos, memórias.

E como é bom quando isso vem acompanhado daquela sensação gostosa, e de sorrisos compartilhados.

Este fim de semana senti saudade do Dona Julia.  Eu que estava há tempos pensando no blog, na proposta de compartilhar com vocês  essas delicias diárias que a gente ri sozinha quando lembra e que adora contar nas reuniões com os amigos.

No ultimo sábado, na festa de uma garota muito especial (minha sobrinha Luiza, linda, divertida e querida) , onde reencontrei a alegria de poder conviver com pessoas de quem gosto muito, e onde também fiz novos amigos, foi uma ocasião perfeita para matar a saudade, das pessoas, e das historias. E lá estava o Na Rua Dona Julia, fazendo parte da noite.

Que delicia de noite, que vontade que me deu de escrever de novo, e me dei conta que aquela sensação de 'não tem acontecido nada de interessante pra contar', sumiu e.. percebi que as histórias tipicas do Dona Julia não deixaram de existir, eu só parei de prestar atenção.

ah... a vida é assim, surpreendente. E aqui estou eu, morrendo de vontade de contar a vocês um monte de coisas.  Coisas boas que tem acontecido, porque como disse uma grande amiga esta semana, a vida já está dificil o suficiente para pensarmos somente nas famosas DRs , então vamos tomar um vinho, papear e dar boas risadas, porque no fim de tudo, é o que de melhor podemos fazer por nós mesmos.

Celebrar a vida, os amigos e as boas histórias.

Bem vindos novamente ao Na Rua Dona Julia !!!

Wednesday, August 05, 2009

Santa tecnologia !!


Não há quem não tenha uma historia de paqueras virtuais, sucedidas de tentativas de encontro !! Hóje é tudo muito mais fácil, Orkut, Facebook, emails e principalmente a WEB Cam e a tecnologia 3G, que não te deixa ser iludida por muito tempo.


Nos chats é fácil entrar, paquerar, falar bobagens, mas na hora de se encontrar, é bom mesmo seguir as regrinhas de segurança, lugares públicos, um amigo avisado, etc.. e claro, tentar ver a pessoa eletronicamente antes. Porque aí, as chances de ter que fugir correndo antes mesmo de conhecer o moço ou a mocinha, são bem menores !


Eu cai em duas situações - não propositais - e por isso, quando a era da internet se instalou , não me deixei seduzir por nenhum dos amigos ou paqueras eletrônicos.


A primeira confusão foi com um fornecedor da empresa onde eu trabalhava... tinha uma voz liiiiinda (tenho uma grande queda por vozes roucas e graves.. ai, ai, ai !!) e atendê-lo era motivo de briga entre as meninas do escritório. Faziamos com que ele dividisse a atenção - e aquela voz - com todas nós... até o dia que, ele apareceu pessoalmente na empresa !


Jurooooo.. eu tentei.. de verdade, manter um sorriso, e uma carinha normal.. mas não pude. Acho que a decepção estampou no meu rosto, ou talvez tenha sido mesmo a vontade de sair correndo !! Esse é o problema de fantasiar a imagem de alguém. Nunca vai ser como nos seus sonhos.. mas "tadinho", ele era realmente ... hum, digamos... muito feio.. Pronto, falei !


Bom, a visita obviamente terminou logo, e depois, já não brigávamos tanto para atendê-lo, embora eu ainda achasse deliciosa a voz dele. E ainda continuamos, por assim dizer, amigos.


E a segunda roubada, também foi por telefone. Ao ligar pra minha amiga no trabalho, inverti dois algarismos, e caiu em uma residência, onde o dono de uma voz - de novo a voz - sedutora atendeu. Pedi desculpas pelo engano, e fiquei triste por ele não ser um colega de trabalho da minha amiga.


Na semana seguinte cometi o mesmo engano, e acreditem, não foi de propósito ! Quando ele atendeu, eu logo me dei conta do agradável engano, mas fingindo ainda desconhecimento, perguntei pela minha amiga. Ao que ele, educamente, reafirmou-me que eu havia me enganado novamente. Ponto ! Ele também havia reconhecido ou a minha voz ou a situação.


Só que desta vez, eu finalmente memorizei o telefone dela - e claro, o dele !!!


A terceira ligação por engano, obvio, já não foi sem querer, e nós começamos a conversar, aquele flerte gostoso, e aquela voz, ai, ai, ai.. trocamos telefones e ficamos nos conhecendo via Embratel por uns 2 meses, até que surgiu um convite. "Vamos passar o dia em uma cidadezinha proximo a São Paulo ? Almoçar e tomar um vinho ?" E eu lembrei das regrinhas de segurança.. disse que não podia naquele domingo, mas que ligaria na próxima semana para combinar.


No sábado seguinte tomei coragem e liguei !! "Vamos tomar um vinho por aqui mesmo ? Nos encontramos no Shopping." Ele prontamente se ofereceu pra me buscar, e eu insisti que nos encontrássemos lá. "Como vou te reconhecer ?", perguntei.. E ele me descreveu o carro em que ia chegar.. placa e tudo.. Tinhamos combinado numa casa de suco em frente ao estacionamento do Shopping.


Tudo pronto.. Claro.. cheguei suuper mais cedo. e fiquei lá esperando. De repente entrou um moreno lindo, sentou perto e pediu um suco.. Apurei os ouvidos, mas não era a minha voz. Mais meia hora de espera e eu vejo o carro chegando. Vocês podem imaginar, não é ? Eu literalmente sai rapidinho o mais discreta possivel e entrei no Shopping. Liguei pra uma amiga pra pedir conselhos. Vou ou não vou ??


"O que é que tem ? Vai lá, conheça o cara !"


"Mas ele tinha me dito que tinha 36 anos (e eu com 23 !), Ju.. mas o cara parece o BILL GATES com 60 anos !!!!"


Bom.. eu dei o bolo no 'rapaz' . Confesso. Deixei-o esperando à toa, e liguei umas duas ou três horas depois na casa dele - também não tínhamos a facilidade dos celulares naquela época - com a pior desculpa do mundo, e claro, nunca mais ouvi aquela voz.


Sei que fui cruel, porque, no fundo, a aparência é secundária, porque tudo é uma questão de gosto, de empatia, a beleza é um ótimo cartão de visitas, mas não garante ninguém. E eu não correspondo a nenhum padrão de beleza de Outdoor, e tampouco exijo isso dos meus namorados - já fui apaixonada por gordinhos, carecas, cabeludos, altos, baixos, ruivos, loiros e morenos, com óculos, muito mais velho (professor...rsrs) e de todos, só um eu poderia qualificar como um deus grego - e que deus !!! hã-humm.. mas isso não vem ao caso agora.


O fato é que, imaginar, idealizar uma pessoa é muito ruim, porque na perfeição da nossa mente, tudo se encaixa milimetricamente nos nossos desejos, até mesmo os 'defeitos' do outro.


Por isso, mesmo hoje, com toda a tecnologia a favor de todos, eu também não me iludo com este tipo de situação.. aliás, não procuro e em dou muita corda quando acontece inesperadamente. Prefiro trocar olhares, e independente do biotipo, dou chance - com um mínimo de critérios, admito - a uma primeira conversa. E então, deixo a química reagir ou não.


Mas confesso. Ainda me derreto quando ouço uma voz rouca e grave. Ai, ai...


Thursday, June 04, 2009

Que situação !


O episódio do Principe-Sapo me fez voltar aos tempos de faculdades, e trouxe várias outras lembranças. Paqueras no estacionamento - onde sempre tinha alguém pra atrapalhar , fuga das aulas, chopp na padoca, boliche. Mas um capitulo à parte sempre serão as viagens. Qualquer que fosse o lugar, só o que importava é que íamos juntos, em bando, prontos para grandes aventuras..

Aproveitando um feriado prolongado de inverno, decidimos ir para a chácara de um dos meninos, que chamarei de “L” – não gente, não é o Leandro, risos !! Pois bem, os pais de L deixaram a chácara somente para nós.. Um lugar legal, próximo a uma cidadezinha do interior de SP, com piscina, churrasqueira e um pomar. O suficiente pra gente relaxar e aproveitar o feriadão.

Por ser inverno, piscina não rolava, mas o churrasco, as caipirinhas, batidas, tequilas, refrigerantes também – que ninguém é de ferro – e muita musica faziam nossa alegria.

Estávamos em 7 pessoas.. L, eu, e mais duas garotas da nossa turma, um casal de namorados, e um outro cara solteiro, amigos de L. Já conhecíamos estes 3 de outras baladas e viagens..

Na chácara só tinha dois quartos. L, obviamente reservou o quarto de seus pais para si mesmo e uma das meninas – com quem tentava reatar o namoro - e no segundo quarto e sala deveríamos nos espalhar.. o cara solteiro disse que dormiria na sala, eu, a outra amiga e o casal ficaríamos no segundo quarto.. duas camas de solteiro e um colchão de casal.. mais que suficientes..

Bom.. muito, muito tempo após o jantar, resolvi dormir , fui a primeira a sair da bagunça .. escolhi uma das camas , e me deitei.. mas confesso que apesar do sono, depois de quase 40 min, ainda não tinha conseguido dormir porque o barulho que todos faziam na sala era demais, estava quase me levantando de novo, quando vi que o casal também resolveu se recolher.. pensei.. ufa.. que bom.. acho que todos resolveram dormir..

Ledo engano, mas percebi a roubada tarde demais. O casal que havia preparado sua cama no colchão de casal jogado no chão do quarto, não estava interessado em dormir e sim em se divertir mais, porém a sós.. ou quase a sós, considerando que eu estava alí a dois metros da cama deles, supostamente dormindo.

Gente, que situação !!

Quando eu percebi que a coisa toda não ia parar nos 5 minutinhos de beijinhos debaixo do cobertor antes de dormir, já era impossível sair sem encarar uma cena pra lá de constrangedora. As preliminares foram quase inexistentes, e eles partiram pra ação, provavelmente querendo aproveitar o tempo, antes que a galera resolvesse mesmo dormir e a outra garota entrasse no quarto.

Vcs podem imaginar a minha situação ? De onde eu estava tinha visão completa da ‘cama’ deles, e as gracinhas, a movimentação, e todos os sons não deixavam minha imaginação ter dúvidas, muito pelo contrário.

Fingi estar dormindo, e me virei pra parede, mas não possível ignorar o que acontecia ali, naquele chão. Não sei dizer quanto tempo durou o meu martírio, enquanto a galera lá na sala ainda cantava, bebia e dançava.

Até que pra meu alívio, um dos meninos, dançando, escorregou e trombou com a porta do nosso quarto, e aquele susto fez com que o casal fosse interrompido e prontamente disfarçasse, achando que alguém poderia adentrar-se no quarto, e eu, mais que depressa, aproveitei a deixa, para ‘oficialmente ‘ despertar, e sair correndo do quarto... Ufa !

Acabei dormindo na sala, e para meu alivio, nós os solteiros, resolvemos arrastar os colchões pra sala e deixar os quartos para os casais.
Era muito mais conveniente !!

Sunday, January 04, 2009

O beijo no baile de formatura.




Desde que eu me conheço por gente, por toda minha adolescência, eu repeti um mantra: “Quero um namorado moreno de olhos verdes”. Isso era uma fixação, um sonho de consumo. Pois bem, eu quase consegui ! Por isso eu digo: cuidado com o que você deseja, um dia pode acontecer !

Quando entrei na faculdade conheci um rapaz, e ele estava já em seu último ano... formando ! E adivinha ? Moreno de olhos verdes... sim ! Nos conhecemos numa viagem, uma excursão para conhecer a empresa que faria as fotos da formatura dele. Por um acaso eu conhecia o pessoal da organização e acabei participando da viagem à Pouso Alegre – MG. Passamos um dia super agradável, e este rapaz, a quem vou chamar de “Leandro” para proteger sua verdadeira identidade, impressionou-me bastante. Divertido, interessante, alto astral. Era um cara que me fazia rir.

Bom, não demorou muito para nos encontrarmos de novo nos corredores da faculdade e daí para o convite ao cinema, foi apenas um passo.
Tudo parecia perfeito. Meu lindo namorado moreno de olhos verdes. Puxa. Inacreditável. Mas no escurinho do cinema, alguma coisa não deu certo. Um beijo, dois, três... puxa.. que sufocante. Cadê o som dos sinos ? A atmosfera romântica do cinema ? Nossa... o que eu estava escutando era a conversa de todos à minha volta, o trailer dos filmes, os passos das pessoas. Resumindo, a química não aconteceu e quanto mais insistentes que eram os beijos dele, mais eu queria sair correndo dali. Cortei o “papo” e enfim, assistimos o filme inteirinho, porque essa pretensa sessão namoro não durou nem os 10 minutos dos trailers.

Ah.. Detalhe, eu ainda tive que pagar o cinema... dele ! Tudo bem, vamos pular essa parte.

O fato é que depois do desastre “cinema”, os corredores da faculdade ficara pequenos, e uma perseguição apavorante se iniciou. O tal príncipe dos olhos verdes ligava para o meu trabalho fingindo ser outra pessoa não sei com qual intuito, e com as desculpas mais absurdas possíveis. Aquela mania psicopata começou a me incomodar e eu fiz várias tentativas de fugir do Leandro durante o ano que se seguiu.

E chegou finalmente o dia do Baile de Formatura dele. E eu por um acaso, fui ao Baile com a turma da minha sala. Lá pelas duas da manhã, eu dançava na pista, quando de repente me aparece o Leandro, bêbado, com a gravata amarrada na testa. Nesta hora, vi que o príncipe tinha virado sapo. Então ele pára na minha frente e me diz “Como você está linda !” , e eu já tentando achar a saída de emergência, respondo mal humorada “Eu sou linda.”

Sem conseguir espaço entre a multidão que dançava, vejo-me agarrada pelo Leandro, e tento me desvencilhar. Em vão. Ele me conduz até um pilar e literalmente me encosta na parede.

- Dila, por favor, me dá um beijo ? De despedida...
- Não, Leandro, sai daqui... você está bêbado.
- Por favor, Dila ... me dá um beijo ? só um !! eu vou sair da faculdade, nunca mais vou te ver...
- Pára, Leandro, por favor...
- Pelo amor de Deus, Dila, só um beijo.
Para o meu azar, esta cena chamou a atenção de uma mesa próxima onde se encontravam uns seis rapazes, que visivelmente se divertiam com a situação.

- Leandro, por favor, pára com isso.. tá todo mundo olhando !
- Pelo amor de Deus, só um beijo ! Eu me ajoelho a seus pés !!
- Não, Leandro.. LEVANTA DAÍ.. PÁRA ! POR FAVOR.. ESTÃO TODOS OLHANDO !!
- DILA, POR FAVOR, ME BEIJA, PELO AMOR DE DEUS, EU BEIJO OS SEUS PÉS !!!
- NÃÃÃÃÃOOOOO... Leandro.. levanta daí... por favor, você está me fazendo passar vergonha...

E no momento que o príncipe-sapo cumpre a promessa, eu consigo finalmente sair dali e o deixo beijando o chão, ao som das gargalhadas da mesa vizinha.
Meu Deus, que vergonha !! Procuro os meus amigos na pista e peço encarecidamente que eles não me deixem mais sozinha, explicando todo o mico do baile.

Não preciso dizer que no dia seguinte fui a piada da turma na faculdade, principalmente quando o Leandro apareceu nos corredores e os meus queridos amigos fizeram questão de imitá-lo em alto e bom som, ajoelhando-se todos aos meus pés e pedindo-me, em coro, que eu os beijasse e casasse com eles.
Claro, que o Leandro, tão envergonhado quanto eu, saiu imediatamente, numa tentativa inútil de parecer invisível.

E eu, no final das contas, não posso me queixar, pois de tanto repetir o mantra, finalmente tive o meu moreno de olhos verdes aos meus pés, mesmo sendo ele, um príncipe-sapo.

Thursday, December 11, 2008

Lei, signorina, parla italiano ?

Aprender um outro idioma é sempre muito bom, mas as falsas semelhanças entre línguas irmãs são certas e rendem muita confusão: Quem não se lembra de um comercial de TV onde um turista acabava preso no aeroporto por achar que seu “portunhol” era suficiente ?

Mas é gratificante poder praticar um novo idioma em seu país de origem. Então vamos nos aventurar por ai e praticar o inglês, o espanhol, francês, italiano, alemão, e porque não, mandarim e japonês ? Caaalma.. claro que eu não conheço todos estes idiomas, ainda... minha proeficiência nas línguas estrangeiras varia do nivel básico ao intermediário e se limita ao inglês, espanhol e agora, per puro piacere, o italiano.

Já estive na Argentina, Chile e Espanha, todos a trabalho, e acredito que o meu “espanhol” não fez muito feio. Compreendi, fiz-me compreender – não sem uma natural dificuldade – e passei ilesa de maiores vexames.. Mas foi na Italia onde mais me diverti. Talvez porque estivesse exclusivamente de turista, ou porque o idioma italiano seja o meu hobby atual, mas acredito realmente que a maior contribuição foram os próprios italianos que são em sua maioria muito acolhedores, divertidos e sim, de verdade, galantes, como diz a fama que os precede no mundo todo.

Em Roma ouvi um bello integrante da guarda suíça do Vaticano dizer à uma turista interessadíssima nos seus lindos olhos verdes, que l’italiano era la língua più romantica del mondo.

Confesso que enfrentar o dia-a-dia na Italia foi a forma mais gostosa de aprender italiano, e supera qualquer didática. O que aprendemos nos apuros da comunicação in loco, não esquecemos jamais !

Ainda em Roma, fui até a recepção do hotel pedir uma toalha de banho extra – ah, sim, tinha telefone nos quartos, mas é muito mais fácil, quando as palavras são insuficientes, nos fazermos entender pessoalmente . E pedi ao simpatissíssimo Sami (nosso recepcionista da noite): “Guardi, Sami, ho bisogno di un’ altra .. hum.. no lo so come se dice in italiano.. em portoghese si chiama toalha.”, e Sami, enquanto observava minhas mímicas juntamente com metade das pessoas que estavam na recepção, disse-me: “Ah, si, ho capito: asciugamàno. Piccola o grande ? “ . Viu como foi simples ??

E já no fim do roteiro turístico, chegamos em Lugano, Suiça, divisa da Italia, e onde também si parla italiano e lá fui eu mais uma vez na recepção do hotel pedir, desta vez, um outro lençol, palavra esta que eu não sabia, nem em italiano, nem em inglês. Estava muito calor, e no quarto só tínhamos um pesadíssimo edredon de penas de ganso. E subitamente me ocorreu que se cobrir em italiano podia não ser “coprire” ou pior, que coprire tivesse um outro significado, mas não conseguia pensar em nenhuma outra palavra, e arrisquei... “Buona sera, signore, per favore, ho bisogno di un’altra cosa per dormire, per coprire”. Ao que prontamente respondeu o galante ragazzo, com sorriso aberto e um olhar mais que atencioso :io .

Vermelha de vergonha , caí na risada, claro, dizendo “Nããoo !!!”. Mas ele havia sim me compreendido, e tive que explicar que, não, eu não queria outro plumone (edredon): “non, signore, quell’ altro perchè fa molto caldo oggi”.. E ele novamente: “Ah. Si.. lenzuole”.

E esta foi mais uma oportunidade, entre tantas, dos italianos se ofecerem em galanteio, namoro e até em casamento.

E assim, lenzuole e asciugamàno são duas palavras que ficaram registradíssimas no meu subconsciente.

E eu não vejo a hora de ritornare in Italia , para praticar mais o idioma, e quem sabe encontrar meu Marcello Mastroianni e banhar-me nas águas da Fontana di Trevi, em Roma, como Anita Ekberg em La Dolce Vita”.

Arrivederci ragazzi !!

Tuesday, November 18, 2008

Extremamente Sexy ?

Está mentindo a mulher que, ao se imaginar com um par de meias 7/8, já não crie um universo sexy e cheio de boas surpresas...

Pois eu digo que, se fosse levar em conta a primeira experiência, eu jamais voltaria a usá-las...

Ganhei um par de meias 7/8 de uma das minhas tias, e na ocasião eu não tinha, na verdade, um motivo especial para usá-las, e assim, elas ficaram por um bom tempo guardadas na gaveta.

Uma bela manhã, enquanto eu procurava algo para vestir para o trabalho, encontrei uma saia, envelope, preta, simples. Fui buscar nas gavetas a básica meia-calça, quando me deparei com as meias 7/8, e pensei, porquê não ? Vesti as meias - que naquela época ainda não tinha a tecnologia das fitas de silicone - e é claro que eu não tinha cinta-ligas.. Fiz um teste, andei pela casa, estavam perfeitas !

Fui trabalhar. Um ônibus, metrô e quase duas horas depois e mais alguns quarteirões de caminhada, e eu estaria pronta sentar na minha mesa, misteriosa e sexy. Não importava que ninguém visse. "Eu" me sentia assim.

Chego finalmente na Estação Conceição do Metrô, com aquele quê de mulher fatal, ainda que a saia comportadíssima escondesse o efeito das meias 7/8.

Já na escada rolante tive uma sensação estranha. Calma, não era o meu poder de sedução atraindo nenhum admirador, ao contrário, algo não estava certo. Mais alguns passos e finalmente descubro de onde vem a estranheza As meias estavam "enrolando" e descendo - desculpem-me a expressão - pernas abaixo.

O cenário da tragédia era dos piores possíveis. Saída do metrô, às 7:30 hs da manhã, as calçadas lotadas de pessoas apressadas, e os habituais ambulantes vendendo desde bilhetes, cartões telefônicos, até café com leite, pão de queijo e frutas. Uma feira ao ar livre na manhã agitada de São Paulo.

E as meias, ladeira abaixo, silenciosas e imperdoáveis. E por mais que eu, tentasse em vão segurar com as mãos - por cima da saia, claro !!! - não havia meios de fazê-lo discretamente, até porque eu tive que me curvar um pouco, pois já quase chegava aos joelhos e consequentemente à barra da saia.

Não me pergunte quantas pessoas perceberam o meu desespero e eu tampouco fiz questão de saber se os habituais "elogios dos cavalheiros ambulantes " eram para mim. Uma vergonha !!

Quanto mais pressa eu tinha de chegar ao escritório, mais a situação ficava incontrolável.

Conclusão: ao invés da entrada triunfal da mulher extremamente sexy, o que se viu, foi uma garota quase aos prantos segurando a barra da saia e rezando para que o bonitão do escritório não percebesse o grande mico que se desenrolava - novamente o trocadilho - com as fatídicas meias 7/8.

Ah, por favor, não ria. Este trauma eu só consegui superar muitos anos depois, com a invenção das fitas de silicone que garantiriam um Dia dos Namorados perfeito !

E definitivamente aprendi que, algumas coisas foram feitas somente para ocasiões muito especiais.

Wednesday, January 24, 2007

Na Rua Augusta


  • Na Rua Augusta


Isso já faz alguns anos, mas ainda me sinto envergonhada quando lembro desta história...
Então vamos lá:

Ela trabalha na área de informática, passa todo final de mês varando madrugadas no tal "Fechamento Mensal" (por que todo trabalho tem que ter um Fechamento Mensal ? humph !)

Um dia ela acorda e pela manhã, veste-se com a formalidade de sempre: saia e blazer azul, blusa branca básica, meia-fina e salto alto. Esquece-se somente que é o último dia util do mês e que vai certamente varar a madrugada no trabalho, fato que só se dá conta no final do expediente é que esta roupa não é nada confortável para passar a noite em claro. Bom, agora não há outra saída a não ser trabalhar...

São 4:30 da manhã e o trabalho finalmente acaba, ela pega o carro, e sai da empresa.

A esta altura do campeonato, descabelada, maquiagem pra lá de passada, e mal chega no carro arranca os sapatos e joga o blazer no banco traseiro. "Droga, já era a meia-fina.. toda desfiada"

Pisa no acelerador e corre pelas ruas, ansiando chegar logo em casa, e pra infelicidade, ao passar na Rodovia Anchieta é parada no posto policial. São 5:00 hs da manhã. Ninguém merece. Ela encosta o carro, desce o vidro, e acende a luz do interna, o policial pede os documentos e obviamente repara na motorista - meias desfiadas, saia acima dos joelhos, cara de cansada e informa desconfiado, alternando o olhar entre ela e os documentos:

- "O documento está vencido senhora" - Ela logo pensa.. "oh não.. tudo menos isso.. não hoje, não agora.... "
- "A senhora. está indo ou voltando ?" - pergunta ele
- "Voltando...." - e pensa, como farei pra ir embora se ele apreender o carro?? Socorrooo
- "Está cansada ?"
- "Sim, muito... já é tarde."

Ele insiste:
- "Onde trabalha ?"
- "Em São Paulo, na Rua Augusta..." - Ela responde sem raciocinar, buscando um ponto de referência rápido, já que a rua de seu trabalho é pouco conhecida, e tentando mentalizar positivamente... "por favor me libere, me libere !"

- "Ah... na Rua Augusta... hum..sei... " - olha mais uma vez pra ela toda descomposta por alguns segundos e finalmente:

- "Tudo bem, voltando neste horário, vc deve estar mesmo cansada, pode ir... vá antes que o outro oficial venha e veja o documento vencido.."

E ela respira aliviada, ao mesmo tempo que se dá conta, totalmente envergonhada, do que ele pensou.

"Rua Augusta ??? Meu Deus, de onde tirei Rua Augusta ? Porque não disse Av. Paulista ?? O que ele está pensando ?? " - Já desesperada sem saber se vai ou se fica pra explicar, mas lembra do documento vencido, e só agradece com um sorriso amarelo e envergonhado diante do olhar do policial.

- "Muito Obrigada !"

E finalmente pega os documentos, liga o carro e sai a caminho de casa, aliviada, cansada, e finalmente rindo, prometendo a si mesma, regularizar logo o documento do carro e nunca mais passar um Fechamento Mensal vestida de executiva de saia e salto alto, mesmo tendo sido talvez essa a sua salvação e o motivo da "condescendência" do policial rodoviário.

Tuesday, January 10, 2006


Pontualidade é uma Virtude...

... que faz de nós pessoas respeitáveis.. rsrs .. e nos livra de passar um mico !!!

capitulo de hoje... DIVAS NO DIVÃ ;-) (a história é longa.. mas vale a pena rsrs)

O que vc faz de domingo à noite ? Faustão (eca !!) , Fantástico, Pizza com amigos, cinema ou Teatro !! Ótima escolha.. teatro.. mas por favor.. cheguem no horário !!!

Minha amiga Lu, liga às 19 hs do domingo e convida..
- Vamos no cinema ?? ou melhor no Teatro ??
- vamos..
(ja no carro a caminho de não sei onde)
- tá mas onde fica esse teatro.. ???
- Não sei.. liga pra algum amigo internauta e pergunta...
(liguei pra um, liguei pra outro.. e a esta altura já eram 19:50.. ..pulei a parte da troca de roupa, maquiagem,, por que demora muito pra fazer, que dirá pra descrever..)

daí lembrei no mais provável fissurado internético.. meu irmão..
- Marcos, vê pra mim, onde tá passando Divas no Divá... -.. tá, rua dos ingleses, 83,.. telefone.. a que horas começa ??? às 20 hs .. tudo bem ainda são 20:01 hs

Ligo pro Teatro, enquanto a alucinada LU corre pela Av. Paulista... -Tem lugar ?? ah ótimo.. tolerância de 10 min ? tudo bem estamos praticamente na porta ...(do Center 3 na Paulista, rsrs).. mas como toda mulher é excelente motorista (sim !!) chegamos pontualmente (?:!?@??) às 20:10 hs na porta do teatro.. um charme pro cara CET, e pronto .. paramos na porta (vindo de ré, na contramão, mesmo..) .. 1 minuto pra comprar

- cadê o talão de cheque ? Não, paga com cartão.. esse não aceita, rápido.... tá deixa que eu pago. VAMOS !!!!

Somos as últimas a entrar (20:12 hs) .. Já tocou a sirene.. saco !! detesto chegar atrasada.. passar no escuro no meio das pessoas.. todo mundo fica reclamando.. Não sabe que não é de bom tom chegar atrasada no TEATRO ??

Bom.. uma lanterninha simpática nos ajuda... discretamente a entrar e passar pelas pessoas.. E eu falando baixinho.. "que bom.. deu tempo"...mas tá escuro.. não enxergo nada...pensei .. que mico.. vou acabar caindo..

daí a simpática mocinha adivinha meus pensamentos.. e fala.. Tá escuro.. não tô enxergando nada, e então grita.. ACENDE AÍ, QUE NÃO TÔ ENXERGANDO NADA !!! E os holofotes pairam sobre nós.. AI, MEU DEUS.. todo mundo olhando.. as atrasadinhas.. que BAFÃO !!! e a simpática lanterninha, a esta altura do campeonato, deixou de ser discreta.. O que os holofotes não fazem com as pessoas não ??? E começou..

- CHEGARAM ATRASADAS ? FOI O TRÃNSITO ??
- COMO VC CHAMA ?? (e a alucinada - e nesta altura ROXA de VERGONHA - responde.. Luciana)
- a LUCIANA ?? que brincos lindos, são imitação ?? se vc quiser eu VENDO por CATÁLOGO..
(pronto.. o espetáculo começou antes da hora,.. que mico.. que esta lanterninha tem na cabeça ?? APAGA ESSA LUZ, POR FAVOR ???!? saco, nem fiz chapinha hoje.. e tá todo mundo nos olhando.. Lu ... rrrrr .. eu mato vc !! )

E a simpatica mocinha, continua... SIM TAMBÉM VENDO POR CATÁLOGO,, TUPPEWARE também .. VC USA TUPPEWARE ?? SEMPRE SE PERDEM AS TAMPAS !!

- VCS VIERAM DE CARAVANA ??? QQ COISA que vcs QUISEREM EU VENDO POR CATÁLOGO..
- QUE MOÇA LINDA... VC TAMBÉM. !!

( e eu querendo afundar na cadeira. !!) resumo .. a doce mocinha era a PRÓPRIA DIVA !!! O mico !! vc pensa que acabou ??

no meio do espetáculo a nossa DIVA, resolver fazer um TALK-SHOW.. e adivinhem que foi a ilustre entrevistada ?? a excelentíssima minha amiga ALUCINADA LU.. !!

SIM !! subiu no palco, sentou no DIVÃ, e foi entrevistada por nossa diva..

e foi tão hilariante a cena, que a própria DIVA não conseguia se recompor.. ria junto e não conseguia continuar a cena.. HILARIANTE !!! Absolutamente cômico..

Ah.. ainda bem.. que este MICO pelo menos.. vc pagou sozinha, LU !!!

E nem conto pra vcs que a Lu ficou tão empolgada, que já estava levando embora o bichinho de pelúcia, que a DIVA pegou emprestado na platéia.. QUE FEIO .. .

foi realmente OTIMO... ficou em cartaz no teatro RUTH ESCOBAR.., se retornar, assistam ! Mas se vcs não querem fazer parte do espetáculo, aconselho a seguir os homenageados da rua do teatro, os INGLESES, e chegar pontualmente 15 min antes do inicio do espetáculo, como manda a etiqueta..

a chance de vc se tornar "estrela por um dia" (traduzindo.. de pagar um "gorila" na frente de uma platéia de 300 pessoas) será muito menor !!!

EU RECOMENDO !
O Valor de Um Sorriso !




Ela sai do trabalho, dirigindo-se ao estacionamento, toda segura de si, de salto alto, cabelos bem escovados, fina e discreta !

De relance, vê seu reflexo numa vitrine. Tudo certo.

Então, já dentro de seu automóvel, verifica no retrovisor que o batom precisa de um retoque - afinal é uma mulher !
Com o farol fechado, ela retoca o batom, ajeita os cabelos e olha o resultado satisfeita. Está segura. Está bonita..
E segue seu caminho, despreocupada para o seu compromisso. Liga o rádio e poe-se a cantarolar..

Já no meio do caminho, lembra-se que é preciso seguir recomendações médicas, e comer uma bolacha. Tira da bolsa um pequeno pacote plástico "Club Social". Prático e no tamanho ideal. Ela tenta abrir o pacote, mas não consegue. Onde estão aquelas embalagens práticas e fáceis de abrir ??? Sem alternativa ela, procurando fazer da forma mais natural - e elegante (??) - possivel, leva à boca para abrir com o auxílio dos dentes.. quando de repente, ela não pode acreditar !!!!!!

Oh, não !!!! Caiu, ele caiu ???? onde ??? quem ?? o pacotinho de bolacha ??? NÃO !!! o dente !!! O dente dela quebrou e caiu !!!!! Ela, aquela mesma mulher elegante do reflexo na vitrine, aquela que retocou o batom, chamando a atenção do motorista - bonito ! - ao lado... BANGUELA !!!!!!!! Todo o mundo desmoronou !!! Ela procura pensar.. Como vai fazer ? O seu compromisso, a reunião de amanhã com o diretor novo, o almoço com o colega de trabalho ...COMO VAI SER AGORA ????

Ela não sabe se ri ou se chora... liga desesperada para sua dentista. A recepcionista atende.. "Sinto muito Sra., ela está em consulta, e é seu último paciente.. A Sra. pode retornar a ligação amanhã ??".. "AMANHÃ ??, NÃO, Você não entendeu.. " ela replica - "é impossível esperar até amanhã, tem que ser AGORA !!!!!" , grita ela, já esquecendo-se de toda graça, de toda classe ... E finalmente consegue marcar seu horário...

Agora sim, ela pode sorrir.. SORRIR ???? NÃO !!!!! Não pode sequer falar !!! Olha-se no Espelho timidamente, primeiro olha para os lados e verifica se não há nenhum carro, nenhum motorista prestando atenção NELA... e finalmente dá um sorriso timido ao espelho .. URGH .. imediatamente cerra os lábios, num meio sorriso maroto.. lembra-se aquela garotinha de 5 anos, banguelinha, e sorridente, brincando no quintal de casa..

Sorri - com os lábios cerrados - para si mesma, e pensa.. "Será que o cara bonito do trânsito olharia pra ela assim ??"... esforça-se pra não cair em risos.. Imagina a cena, "Ela no trânsito, com aquele olhar de mistério, de batom vermelho, cabelos escovados, pára no farol e distraidamente olha para o lado... Há um outro motorista, que olhando em sua direção, lança um sorriso sedutor, e ela retribui, BANGUELA, ... rindo-se da cara de espanto do pobre rapaz, que quase bate o carro, face à sua surpresa...."

Ainda bem, que chegou finalmente à sua dentista, e agora está confortavelmente sentada na cadeira, e logo sairá, novamente, bonita, de batom, com um sorriso aberto, iluminado, como só ela saber ter quando quer...

Monday, January 09, 2006

Flerte no Sapateiro

Imaginem só.. Acordo de manhã, atrasada pra variar - dois despertadores já não bastam pra me tirar da cama - levanto da cama e ligo micro, força do hábito: tenho que ler os recadinhos do Orkut antes de sair,...

Tomo um banho, escolho a roupa, e o primeiro par de sapatos de salto alto preto, e desço correndo. Ainda bem que não tem tanto trânsito, chego rápido no trabalho... Mas percebo, ao sair do estacionamento, que o saltinho do sapato esquerdo saiu.

Que droga ! Ando com a sensação de estar manca - incrível como uma borrachinha pode fazer tanta diferença ! - e já na portaria da empresa caminho devagar sobre o piso de mármore para não escorregar.. Não tem jeito, acho melhor procurar um sapateiro que arrume isso na hora ou então é melhor comprar outro par de sapatos, antes que um desastre aconteça.

Na hora do almoço, saio um pouco antes e vou ao sapateiro. "Vocês consertam o saltinho na hora ? sim ? que bom !!" E o educado atendente me estende um tapete ao lado de um banco, e pede, não somente o pé do sapato que está sem salto - "Os dois, por favor, assim não corremos o risco de ficarem diferentes". Obedeço e fico aguardando sentada de pés no chão, o conserto. Neste momento, entram na sapataria mais dois senhores, um deles com o mesmo problema que o eu.. Precisa trocar o salto.

Outro tapete estendido, e ganho uma companhia de pés descalços.. Ufa.. ainda bem que ninguém tinha chulé.. Sem demora os meus sapatos ficam prontos, e o rapazinho me entrega um pé por vez, e me vendo calçá-los, esboça um sorriso estranho e me entrega um bilhetinho, escrito à mão, num pedaço de folha pautada, identifico de relance a palavra "você" na caligrafia torta. Acho graça na ousadia do garoto - não tinha mais que 18 anos !, e ao mesmo tempo fico constrangida ao perceber os olhares maliciosos dos dois distintos senhores presente. Fico indecisa de ler prontamente o bilhete, mas enquanto pego a bolsa na cadeira, automaticamente dirijo meu olhar ao pedaço de papel, leio e com um sorriso largo, agradeço ao garoto, que retribui o meu sorriso, enquanto saio um tanto quanto encabulada do estabelecimento..

Já no passeio do pequeno boulevard onde fica a pequena sapataria, não resisto e o sorriso se transforma numa espontânea risada, ignorando as pessoas que por ali passavam, quando me lembro do bilhetinho que ainda segurava na mão:"Você está com um sapato diferente do outro".

E neste momento já não sabia se as minhas risadas eram pelo fato de ter ido trabalhar com dois pés de sapato de pares diferentes ou pelo fato de ter pensado - junto com os dois senhores presentes na sapataria - que o discreto e jovem atendente estava flertando comigo !!!

Puxa.. isso valeu o dia !! Foram muitas risadas durante toda a tarde, porque a esta altura do campeonato, já não me continha em mostrar os sapatos diferentes de saltos novos e a contar esta pequena desventura !! Vou me lembrar disso todos os dias qdo estiver atrasada e entrar correndo no quarto sem acender a luz ou abrir as janelas para calçar os sapatos !!

Até à próxima ! O que foi ? Vc está curioso pra saber por que "Na Rua Dona Júlia..." ?? Ah... mas isso é outra história...